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A VIDA EM FAMÍLIA NO PERÍODO BÍBLICO.

Sempre foi muito valorizada. A sobrevivência da nação de Israel bem como o seu triunfo, ou, êxito, dependeu em grande parte dela. O cenário mais natural é o familiar com: PAI – MÃE – FILHOS.
Paulo descreve como era o relacionamento amigo e caloroso, que os crentes mantinham entre si: (os da família da fé), o qual era semelhante a uma família do dia a dia. Comparativamente o vocábulo família sugere três aspectos: SEGURANÇA – ACEITAÇÃO E AMOR.
Logicamente, não estavam isentas de problemas. Os lares israelitas por serem o povo de Deus, tinham as mesmas situações de outros povos. Havia conflitos, maus tratos, poligamia, oposição entre pais e filhos  e a rivalidade entre os irmãos. Mas estes senões não anulam a regra. Isto é em todos os séculos da história Bíblica, a família sempre é mostrada como uma célula bem definida-estável, cheia de vida.
Ex: na família de JESUS, os pais eram pessoas ternas, amorosas, mesmo em circunstâncias difíceis. O filho pródigo-vemos uma situação de conflito, de tensão, mas de perdão também. No decorrer do século I, houveram mudanças. A atitude das pessoas no seio da família começou a sofrer alterações. Recebiam fortes influências dos gregos e romanos que acabavam por minar muitos dos seus valores tradicionais. É bem verdade que antes, a estrutura familiar israelita, já tinha passado por mudanças anteriormente, em mais de uma ocasião. (Assírios e Babilônicos). Já era comum, pais e filhos terem opiniões diferentes acerca de: estilos de roupa, cosméticos, eventos esportivos, casamentos mistos, práticas religiosas etc.
Os israelitas mais ortodoxos estavam tendo sérias dificuldades para segurar e manter intacto seu sistema de valores. Diversas ocupações sucessivas de outras nações foram infiltrando costumes e valores distorcidos que comprometeram sensivelmente as famílias israelitas. A facilidade para se viajar com boas estradas facilitaram o intercâmbio das comunicações. Circulando novas idéias, foi dado um grande impulso para a comunicação. Por toda a parte havia, viam-se mercadores que transitavam livremente pelas estradas abertas pelos romanos, filósofos, soldados, profetas, operários e caminhantes. Neste clima, e, em meio a águas agitadas, apareceu JESUS CRISTO com suas idéias sobre: família, sociedade, sobre a mulher, o divórcio, o perdão, as crianças, o qual veio chocar os preconceituosos, como os liberais.
JESUS veio apregoar uma volta aos valores fundamentais da família, e, uma maior compreensão e compaixão para o indivíduo. Jesus veio, para remover os preconceitos, trazendo ensinos superiores. Vemos em JO.4:27,Jesus quebrando um dos preconceitos da época ,conversando com uma mulher junto a um poço.Sua atitude de receptividade com as crianças NC.10:13-os discípulos as afastavam,Jesus dizia: “deixai vir a mim...” Sobre perdão MT.18:22 – sobre divórcio MT 19:8. A própria decisão de seguir a JESUS criaria um clima tenso em algumas famílias, para o que ELE mesmo já havia alertado, isto é, numa mesma casa um filho creria em JESUS outro não. As perseguições iriam dividir famílias. Um posicionamento favorável a CRISTO e a sua justiça também poderia implicar na perda de emprego. Mas de todo o modo, um dos pontos centrais dessa fé revolucionária era a santidade da família.
O MARIDO E PAI
Contudo não se pode dizer que o lar judeu do primeiro século, fosse necessariamente um “cantinho no céu”, onde viviam todos felizes. Havia conflitos. Entretanto de um modo geral, a  família continuava  sendo a base principal da sociedade judaica. As maiorias das famílias consideravam o pai, um chefe compassivo, embora alguns homens achassem que deveriam ser uma espécie de tirano, diante de quem todos os outros teriam que se curvar. Mas o fato é que a maior parte dos judeus amava a seu pai e era profunda e sinceramente leal a ele. Ao chefe da família de devia disciplina e respeito. Eram tratado como “SENHOR”e ele poderia se quisesse exercitar autoridade total em casa. Se ele assim quisesse, poderia divorciar-se de sua mulher ao bel prazer, ao passo que, a mulher não tinha esse direito DT 24:1.
Apesar da posição privilegiada do homem, ele não devia nunca agir como tirano. Paulo aconselha os pais a não provocar os filhos à ira EF. 6:4. Mas apesar de algumas situações, havia, apesar disso, observação dos princípios divinos sobre o amor. O marido deixava livre a mulher para tomar decisões PV. 31. Os perfis paternos traçados no NT  revelam homens que amam a seus filhos. José pai de Jesus, mostrava ser um homem bondoso e paciente  MT.1:18-20. E mesmo diante de circunstancias que fugiam totalmente a sua compreensão . Ele foi um pai amoroso e protetor.
O pai descrito na parábola do filho pródigo LC.15 . Foi um pai que deu ao filho, liberdade para tomar decisões erradas, mas, depois o recebeu de volta sem rancores, e, sem a menor hesitação. O conceito judaico de pai achava-se fortemente associado a DEUS, e eles o viam como uma pessoa firme, justa e compassiva. Jesus ao dirigir-se a DEUS, Ele empregou a palavra ABA mc. 14:36. “PAPAI”. Neste termo estão idéias de: respeito, intimidade, afeição  e confiança. O apostolo Paulo afirma, que nossa adoção como filhos nos da  o direito de chamar DEUS de ABA – RM. 8:15 e GL.4:6.
O CHEFE DA FAMÍLIA
Tinha a responsabilidade de prover as necessidades dela, senão o fizesse seria considerado pior que um  incrédulo 1 TM. 5:8. A não ser que fosse totalmente incapacitado, cuidar, providenciar a educação dos filhos para que aprendesse uma profissão, um ofício. Passar suas convicções religiosas e políticas e seus valores sociais no decorrer das atividades, normais da família. Ele transmitia sua visão de vida de maneira fácil e natural durante as refeições ou trabalhando no campo ou concertando um telhado, ou dando uma caminhada com eles.  Havia um bem querer, embora nem todos os casais se amassem isso era o que se esperava deles, amizade respeito EF. 5:25 – TITO 2:4, e mesmo entre pais e filhos se não houvessem muita receptividade,tinha que haver o respeito e a reverencia . EX. 20:12 E EF.6:1.
MUDANÇAS A VISTA
Alguns homens se sentiram meio inseguros ao perceberem que, as mulheres gregas e romanas, gozavam de certas liberdades. Começaram a temer que o mesmo pudesse acontecer as suas esposas, que eles consideravam simples propriedades deles, e que, dessem ao texto de EX.20:17, a interpretação  distorcida de que a mulher era comparável a uma cabeça de vaca.
A ESPOSA E MÃE HEBRÉIA
Era treinada desde a infância para se tornar esposa e mãe. Durante séculos a realização pessoal da mulher dependeu de seu sucesso no desempenho dessas funções. Aprendia a cozinhar, a costurar, a cuidar dos filhos e a trabalhar nos campos. Algumas mulheres se limitavam a suas atividades domesticas, mas outras eram mais desenvoltas e conseguiam deixar suas marcas na sociedade.  A mulher de PV. 31 era uma dessas, longe de ter uma postura passiva. Desenvolveu sua própria personalidade e aproveitou todas as oportunidades que se lhe apresentaram. Administrava bem as servas em casa, geria um negócio bastante lucrativo e ,ainda cuidava dos pobres e necessitados. E até lidava com compra e venda de imóveis. Nas sociedades que  Bíblia enfoca, as mulheres não recebiam tratamento igual ao que era dado aos homens . Se uma delas cometesse adultério por ex. o marido poderia apresentar uma acusação formal contra ela NM. 5:12. Mas se fosse ele quem cometesse a infidelidade, ela, não poderia fazer quase nada, pois dispunha de poucos recursos legais. Já se um homem, por qualquer motivo, quisesse se divorciar-se de sua esposa, precisava apenas dar-lhe um termo de divórcio DT. 24:1. Por ex- caso não gostasse da comida ou achassem que não cuidava bem da casa.
NOTA-Quando Jesus veio, Ele restaurou a igualdade entre os cônjuges, negando aos homens o direito de assim proceder MT. 19:9. Naquela época, no primeiro século, a função básica da mulher, embora não a única, era atuar dentro do lar.  O apostolo Paulo ensina que a mulher que cuida bem do seu lar, glorifica a Deus da mesma forma que uma pessoa da liderança da igreja que exerce bem o seu cargo.
OS FILHOS. Símbolo de estatus.
Todos os casais desejavam ter filhos, os que não tinham eram olhados com suspeitas e com piedade. Porque razão Deus não os tinha abençoado dando-lhes filhos? A culpa pelo fato de um casal não ter filhos era sempre atribuída à mulher. A estéril era sempre vista como uma pessoa frustrada a quem faltava a benção de Deus. Desejavam ter muitos filhos, e, os casai só se davam por satisfeitos quando conseguiam pelo menos um filho do sexo masculino. Assim sendo, era inevitável que as meninas se sentissem menos queridas que os meninos. Aliás, havia uma oração que os judeus costumavam recitar da qual constava uma frase de agradecimento a Deus por não terem nascido mulher.
No primeiro século, o divórcio não era muito comum entre os judeus, mas,quando ocorria uma separação,geralmente a mãe ficava com a custódia das filhas, e,o pai, com a dos filhos. Mas havia casos ao contrário, onde o juiz achasse correto modificar a ordem Tradicional. Era levado muito a sério a responsabilidade de criar bem os filhos. Viam como um ato de educar corretamente os filhos como uma obediência a DEUS, e uma forma de revelar sua competência. Alguns conseguiam, outros não. Muitos conseguiam atingir seu objetivo, mas, como em tudo, havia também os que falhavam. Nos primeiros anos de vida da criança, ela ficava inteiramente aos cuidados da mãe. Mas, a medida, assim que estivessem um pouco mais crescidos, passava a ser instruído pelo pai, o qual, por exemplo, tomava providência para que ele aprendesse um ofício. Os rabis achavam que,se o pai assim não o fizesse,estariam amaldiçoando-o, assim também a menina com relação ao ensino da mãe, com relação aos afazeres domésticos.
A VIDA DE LAZER
Não era sem divertimento. Geralmente as crianças, tinham obrigações de executar pequenas tarefas em casa, desse modo, aprendiam os serviços, e adquiriam com isso, senso de responsabilidade. Por exemplo: tratavam dos animais – cuidavam da horta – remendavam roupas e até cozinhavam. Mas havia tempo de lazer. Tinham seus animais de estimação, brincavam de imitar casamento, funerais e outras cerimônias do seu povo              MT. 11:16-17. Os brinquedos eram feitos pais, como: apitos-chocalhos-brinquedos de madeira providos de rodinhas –bolas de diversos tipos com as quais improvisavam jogos. Tinham também as bonecas feitas de panos ou madeira-marionetes e fantoches. Jogos como amarelinha bolinhas de argila-bambolê-tabuleiros-jogo de xadrez, bem como jogos de dados. Disputas esportivas das mais diversas.

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